Quem nunca escutou este conselho da vovó?
E se a vovó for a matriarca de uma família empresária, o conselho ganha dimensões consideráveis. A realidade é que na empresa familiar, humildade é uma competência de alto valor e deve ser exercida todos os dias em todos os momentos.
Mas, apesar do conselho ser simples e direto nem sempre é seguido.
Para os fundadores, a humildade é esquecida quando eles se utilizam de arrogância ao serem questionados. Quando recorrem a uma postura prepotente por não saberem reconhecer os próprios erros.
Para os sucessores, a dificuldade vem quando não conseguem entender as suas limitações por conta da experiência que ainda não têm.
Além do mais, a postura do sabe-tudo causa desconforto e é fonte de conflitos. O comportamento pode vir dos irmãos ou mesmo dos pais que não admitem abertura para novos aprendizados. Outro fator é a falta de modéstia pela necessidade que algumas famílias têm de mostrar o quanto são bem-sucedidas financeiramente exibindo o patrimônio com carrões, joias e postagens em lugares luxuosos.
Muitas vezes um comportamento discreto, com certa dose de modéstia e simplicidade é mal interpretado como submissão e é o que faz com que os líderes de algumas empresas familiares busquem posturas mais altivas.
Ser assertivo não significa ser grosseiro, buscar comprometimento das metas não é bater na mesa e apontar o dedo para os outros. O assunto é sério e merece ser tratado com cuidado. Afinal, um ambiente hostil não gera relações interpessoais saudáveis e nem a possibilidade de criar um espaço de trabalho onde seja possível colaborar, criar e inovar.
Pelo contrário, a humildade dos líderes que dão espaço para a fala, reconhecem o trabalho dos colaboradores e demostram respeito ganham pontos no clima organizacional da empresa e no aumento da produtividade e do desempenho da equipe.