As famílias são formadas através de um casamento. Assim nascem os filhos e a possibilidade de crescimento de um grande legado. Na empresa familiar, quando os fundadores são os pais, os filhos do casal são os herdeiros naturais e provavelmente um deles, ou todos eles, serão os sucessores que darão longevidade ao negócio da família.
A coisa começa a complicar quando os filhos começam a constituir suas próprias famílias. O que vemos é que a parte das empresas familiares não se preparam para este momento.
Genros e Noras podem ser muito bem recebidos na família, mas encontram uma barreira no acesso à empresa familiar.
O que é obvio, mas parece ser esquecido, é que os cônjuges dormem com seus parceiros sucessores e são seus grandes influenciadores.
Grande parte dos problemas das famílias está no preconceito em aceitar alguém com cultura diferente e personalidade própria. O conflito começa com ruídos na comunicação e aumenta com comportamentos desrespeitosos e rupturas entre irmãos, cunhados, pais e filhos.
A falta de acolhimento aos maridos e esposas pode ser uma fonte de brigas constantes que são de difícil solução. Neste ponto em questão fala-se diretamente com o sentimento. As mágoas criadas por uniões que não são aceitas ultrapassam os limites da empresa e podem virar escândalos cinematográficos que afetarão toda família.
Pelo lado empresarial é possível adotar a política de que os agregados não farão parte da gestão da empresa, mas isso tem que ser sido discutido e orientado a toda família e deve ser feito de forma aberta e transparente, inclusive com acordos pré-nupciais visando resguardar a empresa. E, mais, a regra deve ser para todos. Não vale ter um genro predileto, que vai ter algumas vantagens e limitar a atuação da nora porque existe um problema de relacionamento.
O fato é que se a empresa familiar deseja ter duradoura, tem que entender que para existirem segundas e terceiras gerações, e casamentos e divórcios farão parte do jogo.
O objetivo de um bom planejamento sucessório é, inclusive, evitar que o afastamento dos agregados não acabe afastando os próprios filhos do convívio familiar, por vezes, para sempre…
César Andrade – Fundador do Família Bem Sucedida.
Ana Letícia Cardoso – Consultora FBS – Desenvolvimento Humano.